Falta de liderança inspiradora derruba engajamento de times, segundo 72% dos próprios líderes
Pesquisa da Ancham com mais de 700 executivos revela que sucesso ainda é medido com base em indicadores financeiros tradicionais
As lideranças são o motor para o sucesso de uma organização, com 72% dos executivos associando o baixo engajamento dos times à ausência de líderes inspiradores. Para 68%, a preparação desses profissionais faz toda diferença no progresso organizacional – mesmo percentual que aponta a liderança como o maior fator de retenção ou evasão de talentos.
Os dados fazem parte de um estudo divulgado essa semana pela Amcham Brasil, e feito em parceria com a consultoria Humanizadas. Foram ouvidos 765 executivos de diferentes setores e regiões do País.
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“As empresas brasileiras estão despertando para um novo modelo de liderança, mais conectado aos desafios atuais e orientado ao longo prazo. Alta performance hoje exige preparo humano, decisões baseadas em dados e alinhamento entre cultura e estratégia”, pondera em comunicado Abrão Neto, CEO da Amcham Brasil.
Apesar desse “novo modelo” apontado pelo CEO, o mercado ainda mede sucesso e fracasso com base em indicadores tradicionais: 82% das empresas ainda mensuram desempenho por indicadores financeiros, como lucro, receita ou margem. Esses parâmetros são considerados no estudo “insuficientes” diante de um cenário que exige inovação contínua, engajamento de pessoas e alinhamento entre cultura e estratégia.
A retenção de talentos está diretamente ligada à qualidade da liderança e à coerência entre cultura e propósito. Principais fatores citados por profissionais de alta performance para permanecerem nas empresas são oportunidades reais de crescimento (58%), liderança inspiradora (55%), propósito e alinhamento com valores (48%), autonomia com direção clara (45%), ambiente colaborativo (43%) e remuneração (42%).
Comunicação e desenvolvimento
Segundo os participantes do estudo, a principal razão pela qual estratégias das organizações falham é a execução. Eles citam falhas de comunicação (59%), falta de disciplina na execução (48%) e resistência à mudança (46%).
Para 69% dos líderes, o desenvolvimento de líderes e equipes deveria ser a principal prioridade para melhorar a performance organizacional. Com foco na construção de maturidade estratégica, inovação com propósito e preparo para decisões em ambientes complexos.
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