CEO da OpenAI expande sistema de verificação biométrica para Londres

Plataforma World, cofundada por Sam Altman, escaneia olhos para gerar identificadores únicos. Empresa planeja expandir serviço para outras cidades bri

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5:31 pm - 09 de junho de 2025
Imagem: Shutterstock

O World, sistema biométrico de verificação de identidade cofundado por Sam Altman, CEO da OpenAI, iniciará suas operações em Londres a partir desta quinta-feira (13). A tecnologia utiliza um dispositivo chamado Orb para escanear os olhos das pessoas, criando códigos únicos que comprovam que o indivíduo é humano e não uma inteligência artificial.

O funcionamento do sistema baseia-se no escaneamento da íris e do rosto do usuário para gerar um código único de verificação. Após este processo, a pessoa recebe uma quantidade da criptomoeda WLD e pode utilizar um identificador anônimo, o World ID, para ar aplicativos como Minecraft, Reddit e Discord. Segundo informações da CNBC, a iniciativa representa um esforço significativo para combater a crescente ameaça de fraudes digitais no ambiente online.

A expansão para o território britânico ocorre em resposta ao problema de fraudes facilitadas por novas ferramentas de IA, incluindo deepfakes. Após o lançamento na capital britânica, o sistema será expandido para outras cidades do Reino Unido, como Manchester, Birmingham, Cardiff, Belfast e Glasgow.

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O World já opera em seis lojas físicas nos Estados Unidos, localizadas em Austin, Atlanta, Los Angeles, Nashville, Miami e San Francisco. A plataforma conta atualmente com 13 milhões de usuários verificados em todo o mundo.

Adrian Ludwig, arquiteto-chefe da Tools for Humanity, principal contribuidora do projeto, informou à CNBC que a empresa pretende “aumentar o número de pessoas que podem ser verificadas em uma ordem de magnitude nos próximos meses”.

A empresa afirma estar em constante diálogo com reguladores britânicos, incluindo o Information Commissioner’s Office, responsável pela proteção de dados no Reino Unido. Para responder às preocupações sobre privacidade, a startup criptografa os dados biométricos coletados e garante que os dados originais sejam excluídos após o processamento.

“A ideia não é mais apenas algo teórico. É algo real e que os afeta todos os dias”, afirmou Ludwig, acrescentando que o World está transitando “de um projeto científico para uma rede real”.

O executivo também mencionou o interesse crescente de governos na tecnologia: “Estamos começando a ver governos mais interessados em como podemos usar isso como um mecanismo para melhorar nossa infraestrutura de identidade. Mecanismos para identificar e reduzir fraudes são de interesse dos governos.”

Sobre as preocupações regulatórias, Ludwig declarou à CNBC: “Temos tido muitas conversas com reguladores. Em geral, surgiram muitas perguntas: como garantimos que isso funcione? Como protegemos a privacidade? Se nos envolvermos com isso, isso nos expõe a riscos?” Ele complementou: “Todas essas perguntas conseguimos responder. Já faz um tempo desde que recebemos uma pergunta para a qual não tínhamos resposta.”

O sistema de verificação do World depende de uma rede descentralizada de smartphones dos usuários, em vez da nuvem, para realizar verificações individuais de identidade. A iniciativa foi inicialmente lançada em 2021 com o nome “Worldcoin” e, desde então, tem enfrentado questionamentos sobre como poderia afetar a privacidade dos usuários.

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Redação

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