Brasil supera EUA e Japão em qualificação de IA nas empresas

Segundo Ricardo Marsili, da M2BR Academy, resultado de estudo da KPMG é ‘sinal claro de nova fase da transformação digital’ do Brasil

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10:55 am - 05 de junho de 2025
Ricardo Marsili, especialista em inteligência artificial (Imagem: Reprodução, Instagram)

Um estudo recente realizado pela KPMG em parceria com a Universidade de Melbourne revelou que 47% dos colaboradores das empresas brasileiras possuem domínio de ferramentas de IA. Segundo o levantamento, as companhias brasileiras estão superando em capacitação potências como Alemanha (20%), Japão (21%), França (24%), Reino Unido (27%) e Estados Unidos (28%) – mas atrás da China, líder do ranking com 64%.

Para o especialista em inteligência artificial Ricardo Marsili, os números indicam uma evolução tecnológica das empresas brasileiras, e demonstram que a IA “deixou de ser apenas uma tendência ou promessa futura”, e que “já está presente no dia a dia das empresas”. “O fato de 47% dos profissionais brasileiros já utilizarem ferramentas de inteligência artificial em todas as suas tarefas é um sinal claro de que estamos entrando em uma nova fase da transformação digital”, diz o especialista.

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Marsili é diretor executivo e fundador da M2BR Academy, além de professor nas áreas de estratégia digital e inteligência artificial para marketing e negócios. Também é diretor da Associação Brasileira dos Agentes Digitais (Abradi RJ) e autor de livros sobre o tema.

Segundo o especialista, o diagnóstico de que 86% das empresas no Brasil já incorporaram a inteligência artificial às suas rotinas “reforçam o impacto real da inteligência artificial no ambiente corporativo”. E que a IA “abre caminho para decisões mais precisas, soluções inovadoras e uma cultura organizacional mais ágil e orientada por dados”.

Inseguranças

Apesar dos impactos positivos na rotina de trabalho dos brasileiros, os entrevistados também demonstraram preocupações em relação à IA. Ainda há receios relacionados à substituição de empregos, à violação da privacidade e à propagação de informações falsas.

Para Marsili, as inseguranças em relação ao recurso são naturais. “É compreensível que, mesmo com todos os avanços trazidos pela inteligência artificial, surjam preocupações legítimas. A tecnologia está tornando os processos mais rápidos e íveis, mas também levanta questões importantes sobre privacidade, desinformação e o futuro do emprego”, ressalta ele.

O especialista diz que o desafio atual é “equilibrar inovação com responsabilidade, garantindo que a adoção da IA ocorra de forma ética, transparente e com foco nas pessoas”.

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Redação

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